- 25/12/2017
- por Resenha Politika
Desembargadora decreta ilegalidade de paralisação dos policiais do RN
Quase uma semana após o início da paralisação dos serviços de policiamento ostensivo e investigações criminais, policiais militares e civis do Rio Grande do Norte foram obrigados a retomar as atividades neste domingo, 24. A decisão foi tomada pela desembargadora do Tribunal de Justiça potiguar, Judite Nunes. As Associações que representam os praças, cabos, oficiais, bombeiros e policiais civis, porém, ainda não foram comunicadas oficialmente da decisão e o trabalho não foi retomado. A medida judicial impõe multa de até R$ 30 mil às instituições que representam as categorias em caso de descumprimento.
As Associações, ao tomarem ciência da decisão judicial através da imprensa, ressaltaram que não estão em greve, mas cumprindo uma “operação padrão”. Em nota, o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol/RN) manteve o posicionamento publicizado na última sexta-feira, 23. “O Sindicato ressalta que os policiais civis não deflagraram movimento grevista em nenhum momento e sim decidiram se mobilizar para cobrar do próprio Governo a garantia do direito básico do trabalhador, que é o salário em dia”, reafirmam.
Desde a segunda-feira passada, dia 18, quando os agentes se segurança pública do estado decidiram reduzir as atividades ao mínimo possível, o número de ações criminosas tem aumentado em Natal e região metropolitana, principalmente. Três agências bancárias foram explodidas, 21 lojas arrombadas, 319 queixas de roubos e 147 veículos roubados. Os dados são da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed/RN) e superam as médias diárias em dias considerados comuns, com o policiamento nas ruas.
O Ministério da Justiça enviou reforço de 70 militares da Força Nacional para patrulhar as ruas de Natal e região metropolitana. Na prática, o efetivo diário não passa dos 14 policiais para patrulhar áreas com cerca de 1,5 milhão de habitantes.
Grande do Norte não comentou o caso.