• 23/07/2018
  • por Resenha Politika

Acusada de matar filha por causa de choro é condenada a 24 anos de prisão

Acusada de matar filha por causa de choro é condenada a 24 anos de prisão

ustiça mineira condenou a 24 anos de prisão, nesta segunda-feira (23), uma mulher acusada de matar a filha por causa do choro em Belo Horizonte. Jéssica Nunes Mateus foi julgada no 1º Tribunal do Júri, do Fórum Lafayette, na Região Centro-Sul da capital.

O crime aconteceu no dia 29 de janeiro de 2016, no bairro Ribeiro de Abreu, na Região Nordeste de Belo Horizonte. De acordo com a Justiça, Jéssica chegou a dizer à polícia que a filha havia engasgado com leite, mas depois confessou ter sufocado a criança porque ela não parava de chorar mesmo após ter se alimentado.

De acordo com a Secretaria de Administração Prisional (Seap), ela está presa desde maio de 2016 no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, na capital mineira.

O julgamento, presidido pelo juiz Thiago Colnago, começou no início da tarde e teve o conselho de sentença formado por cinco mulheres e dois homens. Segundo a assessoria do fórum, todas as testemunhas foram dispensadas.

Os jurados reconheceram a ocorrência de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima).

Em depoimento, segundo a Justiça, Jéssica disse que, na data do crime, amamentou a criança, não a colocou para arrotar e dormiu. Ainda de acordo com a assessoria do fórum, ao acordar, viu a menina se debatendo e pensou que ela estava engasgando. Disse ainda ter ouvido vozes mandando que ela tampasse o nariz e a boca da filha.

A ré foi representada pelo defensor público Marco Túlio Frutuoso Xavier. Segundo ele, Jéssica foi diagnosticada com depressão e toma remédios controlados. O advogado afirmou que a condenação era resultado provável, tanto que não houve pedido de absolvição. Ele vai recorrer da decisão para pedir a diminuição da pena e por acreditar que “os jurados incorreram em erro ao reconhecer a qualificadora de recurso que dificultou defesa da vítima”.

G1

Comentários