• 15/08/2019
  • por Resenha Politika

Denúncia

Apontado como pivô em esquema milionário no Detran de SP, patoense Maurício Alves nega fraude

Apontado como pivô em esquema milionário no Detran de SP, patoense Maurício Alves nega fraude

O governador de São Paulo, João Doria, demitiu o diretor do Detran-SP, Maurício Alves, acusado de ser o pivô de esquema montado para favorecer a Tecnobank, empresa ligada à B3/Bovespa que realiza registro de contratos de financiamento de veículos.

Maurício que é natural da cidade de Patos e exerceu funções no Detran da Paraíba e no Denatram, revelou a imprensa que as acusações não procedem e que vai provar sua inocência na justiça.

A demissão ocorreu após o Ministério Público de Contas emitir um parecer confirmando a existência de monopólio  que prejudica diretamente os cidadãos paulistanos obrigados a pagar uma taxa para a Tecnobank, detentora do monopólio que nem o Detran-SP sabe especificar o valor.

Doria foi surpreendido pelas informações que recebeu sobre o esquema, e logo decidiu demitir o diretor do Detran. Segundo site Agora Paraná, Maurício Alves “atuava como uma espécie de despachante” do consórcio B3/Tecnobank, empresa comandada por Carlos Santana.

O Contran já havia apontado ilegalidades na prestação de serviços de registro de contratos pela B3, que já opera o sistema de gravames, incorrendo em concorrência desleal. É que quando a B3 inicia o processo de gravames já trava no sistema para que o serviço seja executado pela SUPOSTA laranja Tecnobank, como apontou Ministério Público de Contas.

Percebendo a fraude, a Controladoria Geral da União (CGU) após investigação, encaminhou a informação ao Contran que emitiu a Resolução 689, de 2017, que proibiu a empresa Cetip S/A, atual B3, de realizar os registro de financiamento de veículos.

Em São Paulo, todo o serviço realizado pela B3 começou a ser realizado pela Tecnobank, mesmo com mais treze empresas cadastradas. Para “legalizar” o esquema, Maurício Alves foi recrutado no Detran-PB. A indicação foi feita pelo cacique do PP Ciro Nogueira pelo deputado Hugo Mota (PRB-PB).

O que diz o Detran

Em nota, o Detran-SP informou que o registro de contratos de financiamento de veículos segue estritamente o que prevê a legislação federal de trânsito. “O procedimento é efetuado exclusivamente por meio de empresas registradoras de contratos devidamente credenciadas. Atualmente, 11 empresas estão credenciadas e atuam no sistema da livre concorrência. Outras 11 estão em processo de credenciamento – aberto durante todo o ano e disponível para empresas que atendam aos requisitos da legislação federal”.

Ainda segundo o Detran-SP, os credores podem escolher a empresa de sua preferência para a transmissão dos dados relativos aos contratos e “não cabe aos Detrans interferir em processo da esfera privada – há, inclusive, decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo nesse sentido”.

“Vale ressaltar, ainda, que o Detran-SP encaminhou ofício ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão federal responsável por prevenir, fiscalizar e apurar abusos do poder econômico, informando sobre a atual situação desse segmento em São Paulo. Sobre a exoneração citada, o Detran-SP esclarece que cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração na administração pública”.

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