• 16/09/2018
  • por Resenha Politika

Eleições 2018

Após ser atacado por hackers, grupo de mulheres contra Bolsonaro é retomado

Após ser atacado por hackers, grupo de mulheres contra Bolsonaro é retomado

O grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro voltou às mãos das administradoras no início da noite deste domingo, após sair do ar por duas vezes ao longo do dia: na madrugada e à tarde. Mas, por ora, o grupo está 'interditado', apenas quem já participava tem acesso. As responsáveis estão fazendo uma limpa, retirando publicações favoráveis ao presidenciável do PSL e 'perfis suspeitos', antes de reabrir o grupo, o que elas pretendem fazer até o fim do dia desta segunda-feira. Duas administradoras registraram boletins de ocorrência depois que tiveram contas pessoais invadidas. Uma delas ficou com a linha telefônica suspensa.

Uma integrante do Mulheres Unidas Contra Bolsonaro disse que as administradoras não querem ser identificadas. Elas estão sendo atacadas em suas contas no Facebook. São mensagens ofensivas e até ameaças de agressão física. No entanto, ela disse que o grupo ainda não acionou autoridades competentes para apurar os ataques.

Elas dizem que a prioridade é voltar a abrir o grupo para as demais membras. Pelo menos duas administradoras já registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil. Uma delas teve o email hackeado e o perfil no Facebook derrubado, enquanto que a outra teve o email, o WhatsApp e a conta telefônica suspensa. Elas também desconfiam que possam estar com suas linhas grampeadas. A reportagem não conseguiu contato com a Polícia Civil.

A primeira vez que o Mulheres Unidas Contra Bolsonaro saiu do ar foi na madrugada deste domingo. O nome e a imagem de capa foram trocados em favor do candidato do PSL. O Facebook informou que removeu o grupo após detectar atividade suspeita. No início da tarde, o grupo foi devolvido às administradoras, mas voltou a sofrer ataque horas depois. Por volta das 15h30, voltou a ficar indisponível. 

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