• 26/11/2017
  • por Resenha Politika

Bolsonaro suaviza discurso militar e exalta democracia

Bolsonaro suaviza discurso militar e exalta democracia

Com as pesquisas eleitorais que mostram o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ)possivelmente figurando em um eventual segundo turno, começa a sair de cena, discretamente, o homem que afirmou um dia ser a “ditadura militar uma época maravilhosa” e que já se declarou “favorável à tortura”. Agora, para ampliar o seu eleitorado, Bolsonaro tenta se aproximar do centro, enviando sinais de que “sempre foi um defensor da Constituição e da democracia”.

A avaliação de que ele precisaria ser mais palatável para um maior número de eleitores nasceu de dentro do seu staff. A convicção é de que o pré-candidato terá dificuldade em manter os bons índices de intenção de voto quando a “eleição começar pra valer” se não suavizar o discurso para sair do gueto radical de quem ainda prega intervenção militar ou golpe de Estado.

Para o analista político Ibsen Costa Manso, da ICM Consultoria, o “Brasil tem uma pequena margem de eleitores que são de esquerda ou de direita”. “O voto não é ideológico. Não se ganha eleição apenas com esses nichos. Ele é um voto muito mais personalista do que ideológico. Bolsonaro deve ter entendido que precisa de um discurso para ampliar seu eleitorado de classe média, mas sem perder sua personalidade”, disse. “Em um eventual segundo turno com Lula, ele vai precisar capitalizar o voto útil de forças mais moderadas”, completou.

Estadão

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