• 05/06/2019
  • por Resenha Politika

Saúde Pública

‘Clima de guerra’, diz CRM-PB sobre o Hospital Regional de Patos

‘Clima de guerra’, diz CRM-PB sobre o Hospital Regional de Patos

Desde o mês de fevereiro, o CRM-PB vem recebendo denúncias de falta de medicamentos, insumos e exames na maternidade Peregrino Filho, em Patos, colocando em risco o atendimento aos pacientes. Fornecedores do hospital deixaram de atender as demandas por falta de pagamento. Médicos e outros profissionais de saúde também não estavam recebendo seus salários regularmente.

Em março a diretoria do CRM-PB esteve na cidade para checar a situação e intermediar uma solução com a Secretaria Estadual de Saúde. O CRM-PB comunica a situação caótica ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público Estadual e ao Ministério Público de Contas.

Em reunião no Tribunal de Contas da União, Governo do Estado e Ministério Público acordam assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que houvesse uma gestão emergencial do hospital, até que fosse feito um novo chamamento para seleção de Organizações Sociais. Tanto a maternidade Peregrino Filho, quanto o Hospital Janduhy Carneiro e o hospital de Taperoá são estaduais, mas administrados pela OS Instituto Gerir. A SES se compromete em fazer um remanejamento de medicamentos e insumos de outros hospitais do Estado para abastecer emergencialmente a maternidade.

No entanto, no dia 12 de abril, a equipe do CRM-PB retorna a Patos e constata que a UTI Neonatal da maternidade Peregrino Filho não tem mais condições de internar crianças, pela falta de medicamentos e insumos. A maternidade é interditada eticamente. Permanece interditada até o dia 18 de abril, quando a SES abastece a maternidade novamente. Nessa mesma visita a Patos do dia 12 de abril, o CRM-PB também fiscaliza o Hospital Regional Deputado Janduhy Carneiro e constata problemas gravíssimos na estrutura física, além da falta de medicamentos e laboratório precário, UTI com falta de equipamentos e superlotação.

“O hospital apresenta um clima de guerra em vários setores. No Centro Cirúrgico há péssimas condições, como um esgoto que se abre a cada sete dias para limpeza, infiltrações nas paredes, ar condicionado com vazamento e baldes para conter a água, piso de concreto. São muitos problemas a serem resolvidos”, disse o diretor de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa.

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