• 15/12/2021
  • por Resenha Politika

Saúde

Ômicron tem atingido jovens nos países em que se instala, diz diretora da OMS; assista vídeo

Ômicron tem atingido jovens nos países em que se instala, diz diretora da OMS; assista vídeo

Com o registro da variante Ômicron do coronavírus em 77 países, ainda não é possível dizer que ela seja mais “leve” do que outras cepas, mas já se observa que a mutação tem atingido mais jovens nos locais em que se instala.

A análise foi feita pela diretora-geral assistente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mariângela Simão, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (15).

A médica ressaltou que, apesar da “percepção pública de que ela [Ômicron] seja menos severa com casos mais leves, não se pode dizer isso com certeza” mesmo com os resultados dos primeiros estudos da cepa, já que eles comportam análises ainda preliminares de como a mutação deve se comportar.

Mariângela Simão destacou a prevalência de infecções de jovens na África do Sul, onde a variante Delta não dominou como ocorrido em outros países, e o avanço da cepa no Reino Unido, onde a Ômicron deve se tornar a variante dominante até o fim de 2021.

“As vacinas não previnem a transmissão, previnem o desenvolvimento para doença grave e morte. Pode ser que [a infecção pela Ômicron] seja mais leve, mas pode ser que não seja. A principal questão é que a nova variante vem para dizer que não acabou nada ainda”, disse Simão.

A visão da OMS neste momento, destaca a diretora, é de aguardar mais dados sobre a Ômicron em janeiro e fazer da prioridade global “vacinar quem não foi vacinado ainda”.

Segundo ela, não existem dados suficientes para indicar que a dose de reforço seja prioritária naqueles que já completaram o esquema vacinal – com exceção dos grupos de risco.

“Nesse conjunto de pessoas que não estão vacinadas, você cria situações que podem gerar novas variantes”, afirma. Caso não se priorize a imunização de quem ainda não tomou nenhuma dose, já chances de “conviver com esse vírus nessa forma mútua por muito tempo”, alertou.

De acordo com dados da OMS apresentados pela diretora, ao menos 41 países têm apenas 10% da cobertura vacinal completa, e 91 países registram menos de 40% de vacinados. Muitos deles dependem da iniciativa Covax Facility, que destina doses doadas e contratadas com as farmacêuticas.

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