• 24/10/2019
  • por Resenha Politika

Ceará

Operação cumpre 14 mandados de prisão contra núcleo de falsificação de documentos

Operação cumpre 14 mandados de prisão contra núcleo de falsificação de documentos

Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo Especial de Combate às Organização Criminosas (Gaeco), cumpre 14 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão contra membros de organização criminosa. Com apoio da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado (COIN), a ação é mais uma fase da Operação Saratoga, que investiga núcleo de falsificação de documentos públicos e particulares. Até às 9 horas desta manhã, 11 alvos foram presos.

O grupo é autônomo e atua em Fortaleza e Região Metropolitana, especificamente nos municípios de Caucaia e Pacatuba. De acordo com o MPCE, entre os alvos estão um advogado e um contador. Mandados de busca e apreensão já foram cumpridos nos escritórios e nas residências deles. Deferidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza, são oito mandados de prisão preventiva cumpridos durante o dia de hoje Fortaleza e outros nove de busca e apreensão.

Em Caucaia, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão. Em Pacatuba, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão). Além disso, dois mandados de prisão preventiva e mais dois mandados de busca e apreensão são cumpridos dentro do Sistema Prisional do Estado. Outros cinco mandados de prisão preventiva foram deferidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas e permanecem em aberto até os acusados serem localizados.

O Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil do Estado (DTO) e a Coordenadoria de Inteligência da Secretaria de Administração Penitenciária (COINT/SAP) dão apoio ao trabalho do MPCE.

O esquema

O promotor de Justiça Adriano Saraiva, do Gaeco, explicou à rádio O POVO CBN que a organização criminosa tinha um líder que cooptava clientes para comprar os documentos falsos. "Parte da clientela dessa organização eram integrantes de uma facção criminosa. Eles compravam e usavam esses documentos cometendo fraudes no comércio cearense e realizando financiamentos em bancos", explica.

"A operação de hoje rompe com o que a organização vinha fazendo desde 2016. Há um grande rompimento não só na falsificação, mas no uso deles (documentos) que causa danos ao comércio e a captação de empréstimos financeiros de altos valores", continua.

Ele destaca que a organização não é ligada a facção criminosa: "É autônoma, no qual parte da clientela é ligada a uma facção". Adriano Saraiva também afirma que, dentre as buscas e apreensões, estão agentes públicos que teriam facilitado as transações.

O Povo

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