• 13/06/2022
  • por Resenha Politika

Operação Lava-Jato não deve influenciar o eleitor nas próximas eleições

Operação Lava-Jato não deve influenciar o eleitor nas próximas eleições

Na última sexta-feira (10/6), o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, fez algumas considerações sobre a Operação Lava-Jato. Segundo o magistrado, "ninguém pode esquecer" que a corrupção ocorreu no Brasil. Fux mencionou os R$ 51 milhões em dinheiro vivo apreendidos em um apartamento ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima em 2017. Também fez referência aos recursos desviados da Petrobras e ao escândalo do mensalão.

"Ninguém pode esquecer o que ocorreu no Brasil, no mensalão, na Lava-Jato, muito embora tenha havido uma anulação formal, mas aqueles R$ 50 milhões eram verdadeiros, não eram notas americanas falsificadas. O gerente que trabalhava na Petrobras devolveu US$ 98 milhões e confessou efetivamente que tinha assim agido", disse o ministro.

Ao mencionar que a corrupção revelada pela Lava-Jato efetivamente existiu e que anulação de parte dos processos foi "formal", o presidente do STF retomou um tema controverso: a credibilidade e o peso político da força-tarefa que já foi considerada a maior operação de combate à corrupção no Brasil.

No ano passado, Fux foi voto vencido no julgamento do STF que anulou as condenações da Justiça Federal em Curitiba contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também foi vencido no julgamento que declarou o ex-juiz Sergio Moro parcial ao condenar o petista na ação do tríplex do Guarujá (SP).

Deflagrada em 2014, a Lava-Jato atingiu como um vendaval as eleições de 2018. Levou à prisão um ex-presidente da República, jogou por terra candidaturas de pesos pesados da política e, para muitos, contribuiu para a vitória de Jair Bolsonaro na corrida presidencial. Passados quatro anos, a operação ainda atrai polêmicas.

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