• 24/01/2018
  • por Resenha Politika

Rosilene Gomes é condenada por furto qualificado e crime contra o patrimônio

Rosilene Gomes é condenada por furto qualificado e crime contra o patrimônio

A ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Rosilene Gomes, foi condenada a cinco anos de prisão, por crime contra o patrimônio furto duplamente qualificado. Antônio Alves Gonçalves também foi condenado no processo que investigou desvio de materiais esportivos da entidade. A decisão é do Juiz Geraldo Emílio Porto, da 7ª Vara Criminal, e foi assinada em 11 de janeiro. A informação foi divulgada com exclusividade no programa ‘Rapidinha do Gordinho’, do apresentador Fabiano Gomes, na TV do Gordinho, nesta quarta-feira (24).

Outros dois membros que prestavam serviços a FPF, Kléber Fábio Pereira de Lima e Genildo Junuário, também estão citados no processo, mas não sofreram penas.

Conforme a condenação, Rosilene chegou a mandar que três membros da instituição esportiva subtraíssem materiais esportivos no valor de R$ 15 mil pertencentes à FPF.

A materialidade do delito foi comprovada através de documentos e a partir de depoimentos colhidos que comprovaram que o material enviado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi entregue e recebido pela FPF, e apenas posteriormente foi subtraído. Esses materiais estão em local incerto até hoje.

De acordo com depoimento de Antônio Gonçalves, Rosilene dizia que retornaria à presidência da Federação e por isso comunicou a ela a chegada desse material. Rosilene então mandou que ele o guardasse dentro da sala da escola dos árbitros, pois ela mandaria sacos pretos para que os materiais fossem retirados e levados a ela. Os materiais foram levados para a fábrica de material esportivo da qual Rosilene é dona. Ele alega que só levou os materiais porque confiava na ex-presidente e porque achou que ela faria a distribuição.

A defesa de Antônio Gonçalves disse que o acusado confessou a prática delitiva, mas que agiu sob as ordens de Rosilene, e não teve a intenção de subtrair os materiais. Alegou ainda que diante disto, que lhe fosse aplicada a pena mínima.

Rosilene foi condenada com base no artigo 155, parágrafo 4, do Código Penal, caracterizando o delito como furto qualificado, já que houve abuso de confiança e foi mediante concurso de duas ou mais pessoas. A pena pode chegar a quatro anos.

Rosilene foi condenada a cinco anos de prisão, que serão cumpridos em regime semiaberto, e 50 dias-multa – que é o valor unitário a ser pago pelo réu a cada dia de multa determinado pelos magistrados. Já Antônio foi condenado a cumprir quatro anos de reclusão, a serem cumpridos em regime aberto, além de 40 dias-multa.

Alguns depoimentos
Eduardo Faustino Diniz, que assumiu a direção da federação em abril de 2014, disse que não tinha conhecimento de quando os equipamentos chegaram, mas tinha ciência de que foi durante sua gestão. Ariano Wanderley, membro da Junta Administrativa designada para gerir a FPF após o afastamento de Rosilene, tomou conhecimento do material quando estava em uma reunião na CBF. Quando retornou, perguntou a Antônio, que confessou o recebimento e a entrega do material para Rosilene. Quando este material foi enviada para Rosilene, ela já estava afastada da presidência da entidade.

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