• 25/08/2020
  • por Resenha Politika

Nova Fase

Lava-Jato investiga suposta propina a ministro do TCU que presidiu a CPI da Petrobras

Lava-Jato investiga suposta propina a ministro do TCU que presidiu a CPI da Petrobras

A Lava-Jato de Curitiba obteve o bloqueio de contas e de carros de luxo do ministro Vital do Rêgo, do Tribunal de Contas da União (TCU), pelo suposto recebimento de propina de R$ 4 milhões que teria sido paga pela OAS em troca do esvaziamento da CPI da Petrobras instaurada em 2014 no Senado.

A Polícia Federal, em cooperação com o Ministério Público Federal, deflagrou, na manhã de hoje (25/09), a 73ª Fase da Operação Lava Jato, denominada OMBRO A OMBRO. Cerca de 60 Policiais Federais cumprem 15 mandados de busca e apreensão em 4 cidades (Brasília/DF, João Pessoa/PB, Cabedelo/PB e Campina Grande/PB).

Durante as investigações da Operação Lava Jato foi identificada uma Organização Criminosa formada por executivos de grandes empreiteiras, que, por meio da formação de cartel e pagamento sistemático de propina a Diretores da PETROBRÁS, fraudava o caráter competitivo de licitações realizadas pela estatal.

As irregularidades cometidas em detrimento da PETROBRÁS foram trazidas à tona no bojo da Operação Lava Jato. A presente fase tem por objeto a apuração de supostos delitos de corrupção passiva e lavagem de capitais.

Conforme apurado o investigado teria solicitado e recebido pelo menos R$ 4 milhões, a fim de “blindar” os executivos das grandes empreiteiras, envolvidas no esquema de corrupção que vitimou a PETROBRÁS.

Consoante declarações prestadas por executivos de uma grande empreiteira em acordos de colaboração premiada, as vantagens indevidas destinadas ao investigado teriam sido pagas pela empreiteira por meio de doação a um partido político e repasses a empresas sediadas na Paraíba.
Os pagamentos feitos pela empreiteira a tais empresas foram justificados em contratos fictícios ou superfaturados, e os valores respectivos seriam sacados pelos representantes das empresas e entregues em espécie a intermediários do investigado.

O nome da operação é uma alusão à origem histórica das CPIs. Segundo historiadores, tal origem pode ser associada a reuniões praticadas por monges budistas há milhares de anos, quando se sentavam em círculo (ombro a ombro) no sopé das montanhas, para meditar e apurar causas do mal-estar geral.