• 16/10/2017
  • por Resenha Politika

Advogado lamenta insegurança em São José Piranhas e relata aflição do povo em texto no Facebook

Advogado lamenta insegurança em São José Piranhas e relata aflição do povo em texto no Facebook

Em sua página no Facebook, o renomado advogado e filho de São José de Piranhas, Irapuan Sobral Filho fez publicação onde comenta sua preocupação com a segurança pública.

Irapuan que há muitos anos mora em Brasilia - DF, lamentou a situação vivenciada pelo povo da sua cidade que carinhosamente ele chama ainda de Jatobá.

Jatobá 

No ano de 1935 com a conclusão do açude denominado de Engenheiro Ávidos, conhecido como Boqueirão até nos dias de hoje, a Vila de São José de Piranhas ficou submersa nas águas da barragem. No dia 01 de janeiro de 1937 a sede da Vila é transferida oficialmente para o novo local, o Sítio Jatobá.

Confira o texto:

Jatobá, que pena!

..., mas o debate social é política

Os ladrões que explodiram agências bancária, comerciais e de serviços, em Jatobá, na madrugada de hoje, avisaram aos residentes na vizinhança que saíssem de suas casas e fossem ao hospital, porque eles “...não queriam matar ninguém, mas apenas o dinheiro.” 
E foram obedecidos.
Em seguida começaram as explosões e um tiroteio, com rajadas, em diversos pontos da cidade.
Nas ruas, onde havia residência de policiais, o tiroteio era mais intenso.
Nos acessos às áreas dos alvos, carros incendiados bloqueavam tudo.
Nas estradas, pregos e grampos foram espalhados para dificultar possível ajuda.
E continuaram as explosões por mais de uma hora.
A paz tremia nas casas assustadas, escondida nos pelos de veludo da madrugada.
Dentro de casa, eles se comunicavam por olhares tremidos tão eloquentes, que lembravam as profecias de Pe. Nicolau lendo o Apocalipse de São João. Tudo se confirmava.
A ninguém era dado ter a paz. E o medo corria pelas ruas mornas.
“Os vivos invejarão os mortos!”
JATOBÁ VIVE UM CAOS ANUNCIADO!
Até quando!?!?
E houve um silêncio assustador e repentino.
Os olhos das casas foram se abrindo aos pares para constatar a mudança. E as pessoas se deram aos passos da desconfiança.
Hoje, segunda, é dia de feira. Geralmente vinham comerciantes de toda a região para as vendas e trocas.
Quando eu era criança, era dia de conhecer contadores, pedintes, revistas, cordéis...
MAS ELES FORAM PARA UM CENÁRIO DESOLADOR...
As vidraças da vizinhança se espalhavam cortantes em lágrimas nas ruas. Até as rosas das casas de Dona Zita e Dona Maria Bala se despetalaram.
“Para onde foram todas as flores?”
Os ladroes sumiram! Ninguém e nem nada sabem deles!
As pessoas que foram para o hospital, obedientes à nova ordem, sem segurança, também não encontraram saúde. Na volta às suas casas, não terão água.

E o debate é política..


 

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