• 10/05/2021
  • por Resenha Politika

Saúde Pública

Especialista alerta para os riscos do jejum prolongado

Especialista alerta para os riscos do jejum prolongado

Você já pensou em fazer jejum de sete dias e ficar por este período ingerindo apenas água? Foi o que fez, recentemente, a coach fitness Mayra Cardi, gerando ampla discussão sobre o assunto nas redes sociais, canal que ela utilizou para compartilhar a sua trajetória durante os sete dias que ela os definiu como “jornada sobre autoconhecimento”.
 
Independente das causas que levam alguém a fazer este tipo de jejum é preciso estar ciente que ele oferece riscos à saúde, é o que aponta a nutricionista clínica do Sistema Hapvida em João Pessoa, Gabriela Porto. “O jejum prolongado, aqueles com mais de 72 horas sem comer, oferecem riscos às pessoas que praticam, principalmente aos que já possuem algum tipo de comorbidade”, alerta.
 
Gabriela Porto segue explicando que, por meio do jejum prolongado, se observa consequências negativas como o desequilíbrio hidroeletrolítico, hipoglicemia, desmaios, e que quando se volta a comer, há um pico de insulina que pode levar a níveis baixos de vitaminas e eletrólitos, principalmente o fósforo com o encadeamento de situações clínicas comuns a qualquer doença, com rebaixamento do nível de consciência, dificuldade na respiração, alterações neurológicas e arritmias cardíacas, além do poder de estimular transtornos alimentares.
 
A nutricionista ressalta que o metabolismo humano depende de nutrientes para todas as funções de funcionamento corporal. “Cada indivíduo tem sua necessidade nutricional e sua carga genética, nem sempre o que serve pra um, serve pro outro. Todavia, toda e qualquer estratégia para emagrecimento deve ser acompanhada por um nutricionista”, pondera.
 
Gabriela esclarece ainda que o jejum é recomendado como uma estratégia nutricional para auxiliar no desenvolvimento do organismo seja para função reparadora ou mesmo para o emagrecimento. “É uma alternativa muito usada em quem já possui hábitos saudáveis, pois é preciso considerar que o emagrecimento resultante do jejum pode não ser sustentável. Isso porque durante o jejum, o corpo utiliza a glicose do fígado e depois a glicose muscular, por isso essa perda de peso rápida, onde o que acontece, nada mais é do que a perda de massa muscular. Sendo assim, o jejum intermitente, que é o que há janelas de alimentação, este sim pode ter seus benefícios”, finaliza.

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