• 20/11/2018
  • por Resenha Politika

Sertão da PB

Na sexta-feira, audiência pública trata sobre revitalização do algodão em São José de Piranhas

Na sexta-feira, audiência pública trata sobre revitalização do algodão em São José de Piranhas

Está marcada para esta sexta-feira (23), no Instituto Antonio Lacerda, às 19h, em São José de Piranhas, uma audiência pública organizada pela Câmara de vereadores, com o objetivo de tratar sobre a volta do cultivo do algodão herbáceo no município. O projeto de lei estrita é de autoria do vereador do PCdoB, Celso Gonçalves.

Autoridades estaduais e municipais estão sendo convidadas para debater o assunto durante a pauta. O projeto tem como base a realização de sessões itinerantes em comunidades rurais para discutir maneiras de implementação da volta da cultura do algodão branco no município.

As reuniões serão acompanhadas por agricultores, autoridades e técnicos de órgãos ligados à agricultura que darão suporte ao projeto em andamento.

Segundo Celso, a volta do cultivo do algodão é prioridade, haja vista que a safra de algodão é quem tirava o agricultor do aperto financeiro. “Vamos incentivar a volta do cultivo do algodão branco em São José de Piranhas por que o agricultor só saía do aperto quando tinha a matéria prima para vender,” defende.

A cultura do algodoeiro herbáceo (Gossypium hirsutum L. raça latifolium Hutch.), em condições de sequeiro foi uma das mais importantes para os pequenos e médios produtores de base familiar da região semiárida do Brasil. Atualmente, a área de algodão nessa região é muito pequena, em razão da baixa produtividade e competitividade ocasionada por vários fatores, dentre os quais podemos citar, o bicudo, a ocorrência de déficit hídrico com elevada frequência, baixa adoção de tecnologias, como a mecanização, o que aumentou os custos com mão de obra, que atualmente está se tornando escassa e cara.

Uma das alternativas que tem sido adotada pelos agricultores familiares é a produção de algodão com características especiais, como o colorido e o agroecológico, que permitem a obtenção de preços diferenciados em relação ao algodão convencional, agregando valor à produção e aumentando a rentabilidade por área. O algodão produzido pelos agricultores familiares é colhido manualmente, o que proporciona, quando esta operação é bem feita, a obtenção de um produto de elevada qualidade, com baixa contaminação da fibra por impurezas.

Entre as vantagens do cultivo do algodão no Semiárido, podemos citar a grande tradição dos agricultores familiares com o cultivo desta espécie e, além disso, o custo com insumos, principalmente inseticidas e fungicidas, o qual é muito mais baixo do que em outras regiões do Brasil.

Outra vantagem é que o algodão é um produto que tem mercado garantido dentro da própria região Nordeste, a qual possui grande parque têxtil instalado, além de não ser perecível. Neste sistema de produção são evidenciados os passos tecnológicos para a cultura do algodão para os agricultores familiares desta cultura em condições de sequeiro (dependente de chuvas) na região semiárida.

Tribuna 10

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