• 10/11/2019
  • por Resenha Politika

Campina Grande

Presidente do PT da PB lamenta que Bolsonaro inaugure “projeto grandioso de Dilma”

Presidente do PT da PB lamenta que Bolsonaro inaugure “projeto grandioso de Dilma”

Na véspera da inauguração do Conjunto Aluizio Campos, em Campina Grande, o presidente do PT da Paraíba, Jackson Macêdo, lamentou que a obra esteja para ser entregue pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), que estará na manhã desta segunda-feira, 11, na Rainha da Borborema ao lado do prefeito Romero Rodrigues (PSD).

Para Macêdo, o Minha Casa Minha Vida foi um dos principais projetos voltados para a inclusão social no Brasil. Ele acredita que o complexo Aluízio Campos escreve o nome de Dilma na luta contra a desigualdade, mas lamenta que a inauguração das obras seja conduzida pelo maior crítico ao programa: Jair Bolsonaro (PSL).

“O ‘Minha Casa, Minha Vida’ é uma das grandes políticas de inclusão dos governos do PT e proporcionou que muitas pessoas participassem definitivamente da linha econômica do país, com direito à moradia digna, com acesso à escola, posto de saúde e creches; esse programa foi uma verdadeira revolução no Brasil”, defendeu Macêdo.

“Esse complexo faz parte de uma política pensada e implementada a partir dos governos petistas. Foi a presidenta Dilma quem começou a obra, pensou a obra e deu continuidade ao projeto. Quem inaugura o Aluízio Campos é alguém que é contra as políticas de inclusão do PT, que lutou para derrotar essas políticas que tanto fizeram bem às pessoas, durante os governos Lula e Dilma, mas o povo de Campina Grande sabe quem fez tudo acontecer e tem muito a agradecer à presidenta Dilma e nós estamos muito felizes pelas pessoas que serão beneficiadas, para que possam ter acesso à moradia digna”, apontou.

Atual presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Campina Grande, Márcio Caniello era secretário de Planejamento no município, em 2013, e coordenou a elaboração do projeto do Complexo Aluízio Campos (Masterplan). Ele denuncia que o descumprimento de metas assumidas pela Prefeitura Municipal para o complexo podem transformar a área em “um conjunto habitacional isolado, sem nenhuma vitalidade urbana”.

“Das 130 empresas que assinaram o protocolo de intenções, em 2014, para se instalarem no complexo industrial, só duas foram efetivamente implantadas, o que perverte totalmente o objetivo da integração moradia/trabalho, um dos pontos mais importantes do projeto. Além disso, nada foi feito quanto ao ‘hub’ logístico, ao parque ecológico, à ‘tecnópolis’ e à usina para tratamento e reuso de águas servidas”, destacou.

O ex-secretário lembra que apenas 5% dos custos do empreendimento ficaram sob a responsabilidade da prefeitura municipal e que o governo federal aportou cerca de 350 milhões de reais para o projeto, o que representa 95% do total investido. Ele teme que o conjunto habitacional esteja sendo entregue sem que sejam observados fatores fundamentais para garantir a dignidade dos moradores e moradoras.

“Vários problemas ainda precisam ser equacionados, como a segurança pública, o funcionamento dos equipamentos comunitários, a implantação de pontos comerciais e também questões relativas à mobilidade urbana e aos transportes públicos, já que o complexo fica na transição entre a zona urbana e rural do município”, disse. “É preciso tomar as providências para que as pessoas que forem ali morar vivam dignamente, pois este é o objetivo do Minha Casa Minha Vida, que financiou a construção de 9 mil unidades habitacionais para a população de baixa renda em Campina Grande”, avaliou Caniello.

“Minha Casa, Minha Vida” em Campina Grande – O complexo Aluízio Campos é uma obra voltada para trabalhadores e trabalhadoras de baixa renda, que se enquadram na primeira e segunda faixas do programa “Minha Casa Minha Vida”. As categorias tiveram redução orçamentária para a construção de moradias em 2019 e segundo o atual Governo Federal podem deixar de existir em 2020, desamparando milhares de famílias em todo o país.

Parlamento PB

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