• 13/07/2021
  • por Resenha Politika

Audiência

Sem acordo, MPPB aguarda decisão liminar para reabertura das escolas públicas

Sem acordo, MPPB aguarda decisão liminar para reabertura das escolas públicas

Foi realizada, na tarde desta terça-feira (13/07), a audiência de conciliação para tratar da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 0809864-06.2021.8.15.0000), ajuizada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) para garantir a isonomia entre alunos das redes pública e privada de ensino, com a reabertura segura das escolas municipais e estaduais. A audiência teve como objetivo um acordo entre as partes, o que não aconteceu. Com isso, o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) deverá apreciar o pedido de medida cautelar feito pelo MPPB para que seja declarada a inconstitucionalidade do artigo 8º do Decreto Estadual nº 41.396, de 2 de julho de 2021, que proíbe as aulas presenciais nas escolas das redes públicas em todo o Estado.

A audiência de conciliação foi realizada pelo desembargador Leandro dos Santos (o relator da ADI), por videoconferência. Participaram o procurador-geral de Justiça, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, o coordenador do Centro de Apoio Operacional às promotorias de Justiça de defesa da Saúde, Consumidor e Meio Ambiente, o promotor de Justiça Raniere Dantas, e a coordenadora do Centro de Apoio Operacional às promotorias de Justiça de defesa da Criança e do Adolescente e da Educação, a promotora de Justiça Juliana Couto, além do procurador-geral do Estado da Paraíba, Fábio Medeiros, e o secretário de Estado da Educação, Cláudio Furtado.

ADI

A ADI foi ajuizada no último dia 6 de julho pelo MPPB com o objetivo de garantir o retorno das aulas de forma segura, seguindo os protocolos sanitários, bem como os princípios constitucionais da proporcionalidade, da isonomia e da igualdade de acesso ao ensino entre os alunos da rede pública e privada. Isso porque o mesmo decreto já prevê a possibilidade de funcionamento nas escolas particulares de ensino infantil e fundamental por sistema híbrido.

Segundo o MPPB, passados mais 15 meses da crise epidemiológica, o fechamento prolongado das escolas públicas em todo o Estado é uma medida drástica que não leva em conta o avanço da vacinação da população e que gera inúmeros prejuízos, com destaque para a evasão escolar, uma vez que se calcula que pelo menos 30% das crianças e adolescentes que estão sem aulas presenciais não voltarão mais à sala de aula e que muitos outros sofrerão rupturas definitivas na sua capacidade de aprendizagem.

Na ADI, o MPPB argumenta que a educação não está sendo encarada como serviço essencial - que deve ser “o primeiro a reabrir e o último a fechar”, na pandemia -, que essa atividade tem sido preterida em relação a outras (como a reabertura do comércio e de serviços de entretenimento, por exemplo) e que está havendo tratamento normativo desigual entre as instituições públicas e privadas, aprofundando desigualdades.

 

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