• 20/12/2022
  • por Resenha Politika

Especialistas orientam sobre redução de riscos de acidentes domésticos com crianças

Especialistas orientam sobre redução de riscos de acidentes domésticos com crianças

As férias escolares chegaram e são sinônimo de muita diversão para as crianças. Mas com elas em casa, também é hora de redobrar a atenção com os acidentes domésticos como quedas, cortes, queimaduras, afogamentos, engasgos, envenenamentos, entre outros, que podem colocar suas vidas em risco. De acordo com o Ministério da Saúde, os acidentes representam a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de um a 14 anos de idade. Mais de 3.300 meninas e meninos morrem por esse motivo e cerca de 110 mil são internados em estado grave. Por isso, especialistas da Fiocruz reforçam orientações a pais e responsáveis para que acompanhem com atenção a rotina das crianças neste período, em que os casos de acidentes aumentam em 25%, segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

“Na maioria das vezes, o acidente não ocorre na frente dos responsáveis ou de um adulto. Por isso, pais e pediatras devem ficar atentos, em especial às crianças menores, para sintomas como dificuldade ou recusa alimentar, engasgos, salivação e sintomas respiratórios, como broncoespasmo e infecção respiratória de repetição”, avalia Paula Peruzzi, médica especialista em endoscopia digestiva pediátrica do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).

De acordo com a especialista, a ingestão de corpos estranhos é mais frequente em crianças entre seis meses a seis anos, já que são facilmente levados à boca. As ocorrências mais comuns envolvem objetos encontrados com mais facilidade em casa, como moedas, ímãs, baterias, amendoins e objetos pontiagudos e cortantes. 

“Os mais perigosos são as baterias presentes em brinquedos, imãs e objetos pontiagudos e perfurantes. Quando uma criança ingere mais de um imã separadamente, estes podem ser atraídos um ao outro, com a parede intestinal comprimida no meio, por exemplo, causando fistulização, perfuração e obstrução”, explica. 

As baterias também são perigosas: se não foram retiradas em poucas horas podem causar complicações graves, como esofagites cáusticas, estenoses, perfurações, fístulas e outros. No entanto, cerca de 70% a 80% dos corpos estranhos passam pelo trato digestório e são eliminados espontaneamente, segundo o manual da SBP.

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