• 26/02/2023
  • por Resenha Politika

Declaração

'Sem apoio do governo federal, prefeituras não podem pagar piso da enfermagem', diz presidente da Famup

'Sem apoio do governo federal, prefeituras não podem pagar piso da enfermagem', diz presidente da Famup

 

O presidente da Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup), George Coelho, reafirmou  que não há condições dos municípios pagarem o piso da Enfermagem sem apoio do Governo Federal. A Associação fez um levantamento juntos às cidades paraibanas e constatou a dificuldade que as prefeituras enfrentam para o pagamento do novo valor à categoria. 

George Coelho lamentou ainda a movimentação política em volta do tema e pede que o assunto seja tratado de maneira responsável e atenta também à realidade das pequenas cidades. Ele pontuou que nenhum prefeito ou prefeita é contra o piso, só busca condições para conseguir efetuar o pagamento. 

O presidente ressaltou ainda que é necessário que o Governo Federal ajude no custeio, tornando assim possível o cumprimento do valor previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC). 

“Os municípios não têm condição de pagar esse valor. Esse é um fato, não é falácia, e é baseado em pesquisa, levantamento e dados. É triste ver que parlamentares têm utilizado essa pauta de maneira política sem considerar também a realidade das cidades. Reconhecemos a importância dos enfermeiros, e por isso mesmo, queremos que as coisas sejam feitas da maneira correta, com o apoio do Governo Federal”, afirmou.

George lembra que o Governo Federal já custeia o pagamento de outras categorias da saúde, como os agentes comunitários em saúde e de combate a endemias. Com uma arrecadação muito maior do que cidades, o repasse da União tornaria possível o pagamento do piso. Sem esse auxílio há risco de suspensão das atividades, o que pode desencadear uma crise na saúde pública, com uma onda de desempregos e falta de assistência na rede de saúde pública. 

Confira os dados levantados pela Federação:
João Pessoa - R$ 9 milhões por mês
Campina Grande - R$ 4,2 milhões por mês
Sousa - impacto de R$ 3,4 milhões por ano
Patos - impacto de R$ 1 milhão por mês
Cabedelo - impacto de R$ 999.582 por mês
Guarabira - R$ 900 mil por mês
Sapé - R$ 270 mil por mês

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