• 11/10/2022
  • por Resenha Politika

Eleições 2022

CNBB divulga nota lamentando 'exploração da fé e da religião' na campanha do 2º turno

CNBB divulga nota lamentando 'exploração da fé e da religião' na campanha do 2º turno

Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota, nesta terça-feira (11), lamentando o que chamou de "intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno" das eleições deste ano.

A entidade afirma que "momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos".

A nota não cita candidatos nem situações específicas. No entanto, segundo apuração do colunista do g1 Gerson Camarotti, a nota tem relação com a ida do presidente Jair Bolsonaro ao Círio de Nazaré, no Pará, no último domingo (1º), em meio à campanha.

Leia abaixo a íntegra da nota da CNBB

"Lamentamos, neste momento de campanha eleitoral, a intensificação da exploração da fé e da religião como caminho para angariar votos no segundo turno. Momentos especificamente religiosos não podem ser usados por candidatos para apresentarem suas propostas de campanha e demais assuntos relacionados às eleições. Desse modo, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta e reprova tais ações e comportamentos.

A manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil. É fundamental um compromisso autêntico com a verdade e com o Evangelho.

Ratificamos que a CNBB condena, veementemente, o uso da religião por todo e qualquer candidato como ferramenta de sua campanha eleitoral. Convocamos todos os cidadãos e cidadãs, na liberdade de sua consciência e compromisso com o bem comum, a fazerem deste momento oportunidade de reflexão e proposição de ações que foquem na dignidade da pessoa humana e na busca por um país mais justo, fraterno e solidário."

G1

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