• 03/10/2022
  • por Resenha Politika

Eleições 2022

Dos 27 senadores eleitos neste ano, 20 são apoiadores de Bolsonaro

Dos 27 senadores eleitos neste ano, 20 são apoiadores de Bolsonaro

O bolsonarismo emergiu das urnas, ontem, como uma das forças do Congresso para a próxima legislatura. Dos novos 27 eleitos que vão compor 1/3 do Senado, nada menos que 20 têm alguma ligação ou simpatia pelo atual presidente da República e candidato à reeleição. Além de cinco ex-ministros e um secretário com estreita ligação com o Palácio do Planalto, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) conquistou uma das cadeiras na Casa dos estados como representante do Rio Grande do Sul. Na Câmara, o Centrão também chega turbinado, sobretudo pela bancada eleita pelo PL. Na Paraíba, Efraim Filho do União Brasil, declarou voto a Bolsonaro e é mais um.

Chama a atenção a eleição, para o Senado, de dois fieis bolsonaristas: Damares Alves (Republicanos), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, que ficou com a terceira cadeira destinada ao Distrito Federal, e Marcos Pontes (PL), ex-ministro da Ciência e Tecnologia, que passa a integrar a bancada paulista. Os dois desmentiram as pesquisas de opinião e surpreenderam: enquanto ela tirou uma vaga que era tida como certa para a também ex-ministra Flávia Arruda (PL), o ex-astronauta despachou o ex-governador Márcio França (PSB) — que também era apontado nas sondagens junto ao eleitorado como praticamente eleito.

O bolsonarismo também está representado em personagens que jamais ocuparam cargos no primeiro escalão do governo, mas que são expoentes do conservadorismo. O Rio de Janeiro, por exemplo, reelegeu Romário, que reforça a bancada fluminense do PL na Casa. No Espírito Santo, o pastor neopentecostal Magno Malta (PL) — que na eleição de Bolsonaro, em 2018, tinha a convicção de que ocuparia algum cargo no governo — volta à Casa da qual saiu quatro anos atrás. O ex-presidente do Senado Davi Alcolumbre (União Brasil) foi reeleito pelo Amapá e sempre contou com o apoio do Palácio do Planalto.

Reforço

Das 513 cadeiras na Câmara dos Deputados, o PL conseguiu preencher 99. A Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, terá a segunda maior bancada da Casa, com 80 parlamentares. Em terceiro lugar está o União Brasil, com 59. O PP elegeu 47 deputados, MDB e PSD fizeram 42 cada e o Republicanos, 41.

O PSDB — que está federado com o Cidadania — e legendas de esquerda, como PDT e PSB, elegeram bancadas modestas: fizeram, respectivamente, 18, 17 e 14 deputados.

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