Em decisão, Ricardo Vital diz que prisão de Padre Egídio foi necessária por riscos de novas fraudes

Em decisão que decretou a prisão preventiva do Padre Egídio de Carvalho nesta quinta-feira (17), o desembargador Ricardo Vital de Almeida, do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), afirmou que o religioso poderia continuar cometendo fraudes com os recursos desviados do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.

“Fica evidente a possibilidade de haver outros pagamento ilegais, ocultos ainda aos olhos dos órgãos de investigação, organizados e estruturados, entre os participantes do apontado esquema criminoso”, diz um trecho da decisão.

“Existe a possibilidade de ocorrerem novas fraudes em relação aos valores obtidos por meio de empréstimos, com cifras milionárias, pactuados pelo presidente das instituições, Egídio de Carvalho Neto e suas convivas Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte Silva Dantas, uma vez que tais valores não foram cristalinamente contabilizados junto aos cofres das instituições, além dos indícios de confusão patrimonial envolvendo os ex-gestores, ora investigados, os quais podem estar no usufruto e proveito dos frutos obtidos com as práticas delitivas reiterada”, continua na decisão. 

Segundo o Gaeco, o Padre Egídio ficará sob custódia aguardando à disposição da Justiça. Segundo a investigação, o religioso participou de um esquema de desvios de recursos públicos estimados em cerca de R$ 140 milhões.