Pacientes denunciam alimentos com larvas nas refeições do Trauminha em João Pessoa

O caos instalado na saúde de João Pessoa desencadeou mais um fato de extrema gravidade, colocando em risco a saúde de pacientes e acompanhantes no Hospital Ortotrauma de Mangabeira, mais conhecido como Trauminha. Vídeos divulgados através das redes sociais revelam que a alimentação oferecida pela unidade municipal está vindo infestada por larvas.

Os registros mostram uma acompanhante de paciente relatando o absurdo ao encontrar os bichos na comida que distribuída para os internos. “Um grande descaso com os pacientes que estão acamados no Trauminha. Meu esposo tá aqui internado, sem poder se movimentar, e agora no café da manhã chegou mamão com tapuru dentro. É um grande descaso com os pacientes, porque eles já se encontram em uma situação bem debilitada. Pegar um mamão com tapuru já é demais”, denunciou.

A gravidade da situação é reflexo da péssima gestão que está instalada na Prefeitura de João Pessoa, critica o deputado federal Ruy Carneiro. “A saúde das pessoas precisa ser tratada como prioridade. A atual gestão não consegue garantir o mínimo necessário para a população. Já não basta ter a pior atenção básica avaliada pelo Ministério da Saúde, dezenas de unidades interditadas pelo CRM, falta de médicos e medicações nos postos. Segundo o Ministério Público, a fila do osso também segue sob investigação no Trauminha e agora surge mais um absurdo com essa comida cheia de tapuru”, condenou.

O parlamentar pede que os órgãos responsáveis possam investigar o caso com rigor e punir os responsáveis. “O Ministério Público e demais instituições de fiscalização precisam apurar essas e outras denúncias com urgência. Os casos que estão sendo relatados são de extrema gravidade e colocam em risco a vida de pacientes e acompanhantes. Algo precisa ser realizado, antes que ocorra algum episódio mais trágico”, ressaltou.

O Complexo Hospitalar de Mangabeira foi atingido por um incêndio no dia 4 de janeiro deste ano. O Ministério Público Federal também identificou que existem cerca de 400 pessoas na fila de espera para cirurgia na unidade. De acordo com as investigações, a famosa fila do osso ainda possui outras 100 pessoas que desistiram do procedimento, pois já passaram pela cirurgia ou faleceram antes de serem operadas.