• 21/06/2023
  • por Resenha Politika

Serviço

Projeto que regulamenta mototaxistas em João Pessoa será votado no segundo semestre

Projeto que regulamenta mototaxistas em João Pessoa será votado no segundo semestre

Motociclistas que fazem transporte de passageiros através de aplicativos protestaram em frente à sede da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na manhã desta terça-feira (20), solicitando a regulamentação da atividade. Os manifestantes foram recebidos pelo líder do governo, vereador Bruno Farias (Cidadania), e pelo vereador Milanez Neto (PV), autor do projeto que prevê a regulamentação do transporte remunerado privado individual de passageiros. Os parlamentares e representantes da categoria acordaram que a matéria será votada no segundo semestre.

“Decidimos formar um grupo de trabalho, composto por representantes da categoria, da Câmara e do Governo Municipal, para que juntos nós possamos criar uma iniciativa legislativa que seja consensual; que possa, ao mesmo tempo, conferir segurança jurídica ao trabalho desempenhado por esses profissionais, e dar conforto, eficiência e segurança aos usuários”, esclareceu Bruno Farias.

Milanez Neto explicou que existe uma Lei Municipal (8.210/1997) que proíbe o transporte remunerado de passageiros por motocicletas e similares, mas que a norma foi superada pela edição de uma Lei Federal (13.640/2018). “Na verdade, nós estamos regulamentando a Lei Federal, dando garantias aos motoristas e usuários e estabelecendo critérios para o exercício da atividade”, justificou o parlamentar.

De acordo com Milanez, o projeto prevê que as motos autorizadas a transportar passageiros de forma remunerada tenham no máximo sete anos de fabricação e seguro para o passageiro e o condutor, que deve esta fardado. “A gente organizou um trabalho que já vem sendo realizado. Estamos criando as condições necessárias para que uma categoria que é fundamental para o dia a dia da nossa cidade possa trabalhar com tranqüilidade”, avaliou.

O vereador ainda lembrou a importância da atividade durante o período de pandemia. “Quando a pandemia doía em nossas casas, eram eles que estavam dando a vida para levar alimentos e transportar pessoas para seus trabalhos. Quando o transporte coletivo fechou, o moto taxista continuou trabalhando, continuou servindo a cidade”.

O presidente do Conselho Municipal de Entregadores de João Pessoa e Região Metropolitana (CME-JP), Leo Martins, avaliou de forma positiva a decisão de amadurecer o texto do projeto com representantes do Executivo, do Legislativo e da categoria. “Esse protesto saiu de uma classe que quer continuar exercendo o direito de trabalhar aqui na nossa Capital, porque hoje nós estamos rodando através de liminar. Queremos dialogar com os vereadores e com a Prefeitura para podermos aprovar o projeto. Assim, todo mundo sai ganhando: os motoristas podem continuar trabalhando e os consumidores têm o direito de escolher como querem ir para casa ou para o trabalho”, defendeu o representante da categoria.

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