• 07/05/2024
  • por Resenha Politika

Saúde

Hospital Regional de Patos já dispõe de exame de avaliação da medula óssea

Hospital Regional de Patos já dispõe de exame de avaliação da medula óssea

Os pacientes de Patos e região que precisam de avaliação da medula óssea já têm disponível no Complexo Hospitalar Regional Deputado Janduhy Carneiro (CHRDJC), um exame capaz de fazer essa verificação. Trata-se do mielograma, um exame que analisa a morfologia e produção de células sanguíneas na medula óssea. O procedimento começou a ser realizado este ano, graças a atuação do hematologista Adson Justino, que se integrou a equipe da PB Saúde.
 
Segundo o médico, a partir do mielograma é possível avaliar patologias intrínsecas à área da medula, em especial neoplasias/cânceres hematológicos, como leucemias agudas e crônicas, síndromes mielodisplásicas, mieloma múltiplo, linfomas, bem como falências medulares. “O exame ajuda ainda no diagnóstico e no tratamento de alterações apresentadas nos hemogramas como anemias, leucopenias, leucocitoses, trombocitopenias ou trombocitose, doenças infecciosas (como leishmaniose, mais prevalente no Nordeste) e até suspeitas de metástases de cânceres sólidos, como câncer de mama com metástase óssea”, explica Adson Justino.
 
Ainda de acordo com o médico, o mielograma é um exame exclusivamente realizado por médico hematologista. “O médico responsável pela coleta do exame, deve possuir a capacidade técnica de leitura do mesmo, desta forma, o profissional responsável pela coleta será também o mesmo responsável pelo laudo do exame”, reitera ele, lembrando que o exame é realizado com agulha específica, com anestesia local e é feito em ambulatório, sem necessidade de anestesistas.
 
O procedimento consiste em diferentes etapas. Na primeira delas é realizada a punção aspirativa da medula, com uma agulha de maior calibre para alcançar a parte interna do osso onde se encontra a medula óssea. Antes da punção, é administrado anestésico no local visando reduzir o desconforto durante o procedimento. Os locais de punção podem ser: osso esterno (tórax), crista ilíaca (bacia) e tíbia (mais comum em crianças). Na segunda parte do exame, o material passa por etapas de coloração e, posteriormente, o médico hematologista analisa a amostra da medula em microscopia e identifica possíveis alterações.
 
“É possível realizar diagnósticos importantes na área de onco-hematologia em tempo hábil de cerca de uma hora. Portanto, o exame proporciona também rapidez no diagnóstico, impactando no tratamento precoce de cânceres do sangue”, reitera o hematologista que lembra de um caso recente de uma paciente de Cajazeiras, que apresentava quadro de anemia de longa data e fazia uso de diferentes medicações, sem melhora, nem diagnóstico definido. “Quando fizemos o mielograma, logo evidenciamos a existência de uma neoplasia hematológica o que, evidentemente, mudou a conduta de tratamento da paciente”, destaca o hematologista.
 
O exame tem risco e complicações mínimos, sendo o mais comum o paciente, após o exame, sentir dor ou desconforto no local da punção de leve intensidade, raramente pode ocorrer pequeno sangramento e a formação de um hematoma. Em casos extremamente raros podem ocorrer casos de infecção ou alergia.
 

Comentários