• 30/09/2021
  • por Resenha Politika

Política

Jeová prestigia ato de filiação de Ricardo ao PT e fala com indignação sobre a política econômica do governo Bolsonaro

Jeová prestigia ato de filiação de Ricardo ao PT e fala com  indignação sobre a política econômica do governo Bolsonaro

O deputado estadual Jeová Campos participou, nesta quinta-feira (30), do Ato de Filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT) do ex-governador Ricardo Coutinho, realizado virtualmente e em sua participação comunicou seu retorno ao partido a partir de 2022 para fortalecer o Brasil contra ‘o que está matando o povo’. Em sua fala, Jeová lembrou o primeiro encontro com Lula, seu retorno à legenda, falou de sua indignação com a atual política nacional que não pensa no povo e destacou a necessidade de união daqueles que lutam pela democracia neste momento tão difícil. A Live teve participações ilustres, como a do ex-presidente Lula, da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, da ex-presidente Dilma Roussef, de Fernando Haddad, do cantor Chico César. As deputadas Estela Bezerra e Cida Ramos, além da ex-prefeita do Conde, Márcia Lucena, que também irão se filiar ao PT, participaram do momento que foi conduzido pelo presidente do PT na Paraíba, Jackson Macedo.

Durante a Live, que também teve a participação da atriz paraibana, Raquel Ferreira, todos os parlamentares que se filiarão ao PT como Cida Ramos, Estela Bezerra e Jeová Campos, bem como o ex-governador Ricardo Coutinho e a ex-prefeita, Márcia Lucena, tiveram um tempo para comunicar suas intenções e apresentar lutas, algumas passadas e outras bem presentes. Jeová Campos abriu sua fala lembrando sua mãe, Dona Maria Vieira Campos que no dia do seu aniversário, em setembro, fez uma prece pedindo a volta de Lula à presidência. “Dona Maria, minha mãe, há pouco completou 80anos. Ela não queria festa, bolo, mas orou para que Lula ganhasse a eleição em 2022. Quer dizer, uma idosa aposentada, no auge de seus 80 anos, pensando no povo”, comentou Jeová.

 O parlamentar destacou ainda o episódio recente noticiado em rede nacional sobre as pessoas se aglomerando em Cuiabá, Mato Grosso, na esperança de conseguir ossos doados por um estabelecimento. Entre as pessoas na fila que tentavam receber algum pedaço, estavam trabalhadores autônomos com renda impactada pela pandemia, desempregados, donas de casa, trabalhadores informais. “Que modelo econômico é esse que está levando nosso povo a catar ossos”, se indignou Jeová, lembrando-se do maior inimigo do povo que passa por necessidade nesse momento. “Digo isso sem falar nas atrocidades, na postura arrogante, prepotente e irresponsável desse governo em ameaçar as instituições”, completou.

 

         Mais adiante Jeová acrescentou que o sentimento de indignação sempre foi algo comum no coração de todos aqueles que lutam por justiça social e disse que está colocando “seu ombro” para a luta. “Lula, eu te conheci na Serra de Cajazeiras. Eu ainda como feirante e você no palanque contra a miséria e a seca. Lembro quando você passou por Sousa e ficou indignado quando uma mãe pediu ajuda para sepultar um filho que tinha morrido de fome. É esse sentimento de revolta contra esse modelo econômico que me faz ter cabeça erguida. É uma forma de confirmar nossa oposição”, expressou.

“Precisamos construir uma unidade muito grande. Acredito na nossa vitória, mas precisamos do Lula guerreiro porque verdadeiramente estamos muito, muito sofridos. É a união de forças que tem compromisso com a democracia. Você é nosso comandante-chefe. Eu voto com um sorriso imenso e com o ombro pronto para uma luta difícil, mas que tem estratégia e será vitoriosa”, anunciou o parlamentar, concluindo sua fala.

            

 A ex-presidente Dilma Roussef ratificou as palavras de Jeová e lembrou que Jeová e Ricardo Coutinho, que iniciaram suas vidas políticas na legenda, na verdade, nunca tinham saído do partido. “Estou muito feliz com a filiação de todos vocês. Jeová e Ricardo, na verdade estão retornando e na volta ninguém se perde”, disse Dilma. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, reforçou o mesmo discurso. “A volta daqueles que nunca saíram porque mesmo não estando no PT, vocês sempre nos apoiaram, seja contra os ataques que todos sofremos, seja na desestabilização das instituições e agora na luta contra as duas chagas que voltam: a fome e a inflação”, disse a dirigente petista.

Ricardo Coutinho, nesse sentido, ressaltou que um governo social pensa e coloca seu povo em primeiro lugar e essa sempre foi sua legenda. “Queremos uma bancada diferenciada e forte para que o governo que a gente precisa tenha tranquilidade nesse processo. Mas, não basta apenas querer. Tem que ser o povo e não a bolsa de valores como centro e é por isso que estamos aqui”, anunciou Ricardo, que será candidato ao Senado nas próximas eleições.

 O ex-presidente Lula encerrou a Live resgatando todas as falas e demonstrando satisfação em ter no PT esses cinco nomes da política paraibana. “Na verdade vocês que já foram do PT eu nunca achei que tivessem saído, vocês foram fazer uma viagem e voltaram”, iniciou. No decorrer de seu pronunciamento, Lula falou em revolução social, na necessidade de seu retorno e na sua gratidão para com Ricardo Coutinho neste momento. “Para que eu voltar? Tenho quase 76 anos, já fui presidente, tive a sorte de ter a compreensão de vocês nesse processo e de ser considerado o melhor presidente que o país já teve. Mas, preciso voltar para dizer que comer três vezes ao dia não é luxo, é necessidade”, lançou.

 Ao se dirigir a Ricardo, Lula agradeceu o apoio que ele está dando ao Partido. “O PT foi solidário a você quando tentaram te derrubar. Não deixo companheiro algum na beira da estrada. Agora você está ajudando o PT e nós precisamos da garra de vocês para essa revolução”, arrematou Lula. Ele anunciou também que virá à Paraíba para um ato público num futuro breve. “Esse ato não acaba aqui. Vamos fazer um grande ato na Paraíba, quem sabe na região de Cajazeiras”, afirmou.

 Vale lembrar que quem tem mandato só pode filiar-se ao PT (mudar de legenda) durante a chamada “janela partidária” que é um prazo para que parlamentares possam mudar de partido sem perder o mandato. Esse período acontece seis meses antes das próximas eleições, ou seja, somente em abril de 2022, por isso, Jeová só se filiará ao PT ano que vem.

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