• 19/03/2024
  • por Resenha Politika

Sertão da Paraíba inicia diálogo sobre Ciência, Tecnologia e Inovação em Conferência

Sertão da Paraíba inicia diálogo sobre Ciência, Tecnologia e Inovação em Conferência

A primeira etapa da Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação 2024 (CECTI) teve início nesta segunda-feira (18), no auditório da Universidade Federal de Campina Grande, em Sousa, com discussões, debates, palestras e painéis que mobilizaram  a sociedade sobre temas de impacto na Paraíba e no mundo. O evento é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e realizado pelo Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties).
 
Na cerimônia de abertura, o secretário executivo da Secties, Rubens Freire, deu as boas vindas aos participantes, e mediou a palestra da vice-presidente da Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência (SBPC), Francilene Garcia, que falou sobre Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável para uma Paraíba inteligente e inovadora.
 
“A Conferência é um esforço coletivo para colocar na pauta da sociedade paraibana a política estadual de ciência, tecnologia e inovação. Com a participação de pessoas que contribuem para o debate nacional e global sobre questões de impacto, a exemplo das transformações climáticas e o que elas estão causando sobre nós, sobre a economia, transformações advindas da revolução tecnológica, entre outros“, comentou Rubens Freire.
 
A mobilização de discussões e debates promovidas na Conferência trará como resultados propostas de políticas públicas a serem desenvolvidas na região de Sousa e apresentadas nesta terça-feira (19) na reunião de grupos de trabalho.
 
Participaram do evento professores e estudantes de instituições de ensino e pesquisa, especialistas, empresários do setor produtivo, integrantes da sociedade civil organizada, mobilizadores e articuladores da comunidade científica e dos demais setores de CT&I.
 
Compuseram a mesa de abertura Francisco Roserlândio, diretor geral do IFPB de Sousa; Jardel de Freitas, diretor do Centro de Ciências Sociais da UFCG; Enéas Neto, vice-diretor do CCIS; Wilson Aragão, gerente executivo de Ensino Superior da Secties; Rubens Freire, secretário executivo da Secties; Francilene Garcia, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência (SBPC); Francisco Marques Júnior, secretário regional da Sociedade Brasileira de Computação na Paraíba.
 
Relatos - De acordo com Francilene Garcia, que também é coordenadora do Programa Parque Tecnológico Horizontes de Inovação, o principal intuito do evento é fazer com que a comunidade local possa participar, dialogando e recomendando ao Governo do Estado quais são as ações mais imediatas para a Ciência, Tecnologia e Inovação.
 
Em sua fala, ela ressaltou as principais características do desenvolvimento da região de Sousa, particularmente no que diz respeito à transição energética. “Esse diálogo da sociedade é fundamental para que a gente possa externar algumas inquietações em relação à importância a grandes problemas globais a exemplo da crise climática, a importância das energias renováveis que é uma das vocações do Sertão da Paraíba. Nesse momento a gente prepara um diálogo que possa alertar instituições a ocupar seu devido lugar nesse espaço de discussão”.
 
Para o gerente executivo de ensino superior da Secties, Wilson Aragão, essa etapa da Conferência no Sertão da Paraíba tem um papel fundamental de popularizar a ciência. “Estamos divulgando o que o nosso povo não sabe, como uma forma de incentivar o povo paraibano a lutar, a crescer, a estudar, que ainda é a melhor forma de buscar melhores condições de vida. A ideia é essa, é popularizar a ciência, é tornar a ciência um instrumento da luta do povo paraibano”, enfatizou.
 
Segundo o diretor geral do IFPB de Sousa, Francisco Roserlândio, a escolha do município de Sousa para abrir a CECTI fomenta a inclusão da ciência. “A gente ainda vive um país de mentes colonizadas, onde muitas vezes as ações, as ideias, os grandes potenciais, eles se aproximam muito mais das capitais e dos grandes centros e esquece que o interior tem gente com potencial, com capacidade, recursos naturais, tem instituições de ensino. Então esse momento é fundamental para a gente, porque traz isso, além de ser um chamamento do governo para dizer que: eu quero ouvir vocês’”.
 
O presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq), Rangel Júnior, palestrou no painel que teve como tema a Interiorização e Internacionalização da Pesquisa Científica. Ele destacou que a pesquisa científica integra no que se produz na região com o que é desenvolvido em outros lugares do mundo. “Nós precisamos trazer cientistas de outras nações para cá, para compreender o que existe aqui de riqueza, os fenômenos e a realidade local, e assim, desenvolver pesquisas a partir daquilo que nós temos, como instrumentos de desenvolvimento regional. Ao mesmo tempo que os pesquisadores daqui se deslocam também para conhecer outras realidades de laboratórios de pesquisas nas várias partes do mundo”, enfatizou.
 

Comentários